Republique-se: Essa história do gol fora de casa também já cansou…
Post publicado em 26 de maio de 2009. Depois do que aconteceu quarta e quinta, não vejo melhor hora para resgatá-lo.
Post rápido: qual o sentido da regra do gol fora de casa aplicada na Copa do Brasil e Libertadores?
Até eu sei que a idéia inicial era para forçar os times a “saírem para o jogo” nas partidas fora de casa, como se isso fosse alguma garantia na melhora do espetáculo.
O problema é que no jogo em casa, ganhar de 1×0 é muito melhor do que ganhar de 3×2. O que, para mim, não faz nenhum sentido. Afinal, no saldo, 1×0 e 3×2 são a mesma coisa. Já em gols marcados, quem faz três deveria ser mais valorizado do que quem faz 1 (a idéia inicial não era exatamente essa: premiar quem ataca mais?)
Fora isso, os técnicos mais inteligentes quando fazem a primeira partida em casa, optam pelo 1xo ou 0x0 e estão absolutamente certos! Matematicamente, existe uma “descontinuidade” no critério: para quem joga a primeira partida em casa, não tomar gol aumenta muito a vantagem sobre o adversário na segunda partida (aumenta o handicap do adversário).
Os exemplos estão aí. Inclusive na classificação do Barça sobre o Chelsea: 0x0 em Barcelona e 1×1 fora. Não foi justo, foi coisa de regulamento – apesar da comemoração nada contida desse blogueiro na hora do gol do Iniesta aos 47 do segundo tempo (vocês viram o Silvinho comemorando ao lado do Guardiola?).
Morte à regra do gol fora de casa!
À luta camaradas!
Eu acho que a partir do momento que o regulamento foi definido, que se jogue de acordo com ele. Sou corinthiano, e acho que essa choradeira de que “marcamos mais gols em casa” então merecíamos nos classificar” não tem fundamento. O exemplo acima do “quem faz 3×2 em casa e perde de 0x1 fora fez mais do que o virtual classificado pela regra” não justifica muito, pois olhando pelo lado do que perdeu de 3×2 fora e ganhou de 1×0 dentro, seria algo do tipo “entramos na casa deles e metemos 2 gols… não ficamos nos borrando de medo e embaçando o meio de campo”. Mas, é minha opinião, claro.
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mas e o 2×0 contra 3×1? Quem merece mais?
O problema maior é no impacto na dinâmica do jogo.
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É um caso interessante, mas ainda acho que vale a idéia do “Ataquei e me defendi bem e casa, e tive a ‘bravura’ de atacar meu oponente em campo inimigo.”… Por outro lado, lembro-me do Coringão jogando a Libertadores de 1999 e 2000 (bons tempos!), e não tinha o lance de gols fora de casa… nem por isso as decisões contra Rosário Central (2000) e a porcada (1999 e 2000) nos pênaltis foram menos emocionantes… será que essa não seria a fórmula correta?
PS: em 2000 era para os porquinhos terem caído nas oitavas com um gol (anulado) antológico de bicicleta do Peñarol 😐
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Eu acho que poderia ser usado como critério de desempate, o desempenho das equipes nas etapas anteriores da competição. Vejam o caso do Corinthians que teve a melhor campanha entre os concorrentes e acabou sendo eliminado por um clube que se classificou por um fio. Na soma dos resultados foi 2×2. Ou seja caimos fora sem demonstrar-mos inferioridade em relação ao adversário.
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Mas ai voce “beneficiaria” o melhor time duas vezes, nao? Por jogar contra o oitavo e por ter a melhor campanha… realmente complicada essa situacao, nao sei se ha solucao.
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Daniel. 1- Isto que você qualifica como duplo benefício existia nos campeonatos brasileiros disputados entre 1996 e 2002. O time de melhor campanha enfrentava o ultimo dos classificados, jogava a segunda em casa e tinha a vantagem do empate (sem esta de gol fora de casa valendo mais). Porém eu reconheço que minha proposta esbarra na forma de disputa da Copa do Brasil (como definir o classificado na primeira fase em caso de empate?) e da Libertadores (na qual cada time joga contra aqueles que estão no seu grupo e não contra todos).
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Sim, “fazer mais gols” em casa deveria ser mais importante do que “tomar menos gols” em casa.
Mas, na prática, o time que jogasse fora ia se fechar numa retranca sem vergonha, mais sem vergonha ainda do que vemos por aí com a regra atual.
Então, enquanto não se descobre uma outra fórmula de disputar mata-mata sem pênaltis, continuo achando que esta vai bem.
Ah, lembrei de uma coisa: você acha que funcionaria usar o critério de escanteios conquistados como nos velhos “Torneio Início”?
Abraço!
E VAI CORINTHIANS!!!
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Com a evolução tática e física do futebol, os escanteios já não estão mais tão relacionados com a superioridade de uma equipe.
Contudo, não vejo problema em uma equipe priorizar o sistema defensivo e explorar isso como tática. Não acho que ela deva ser “punida”.
Defender também é do jogo!
Prefiro uma regra que valorize quem ganha no saldo. E depois nos penaltys.
Sds
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Discordo.
No caso, é preciso jogar com inteligência. E no caso de ter que reverter um resultado negativo acrescentar RAÇA E AMOR À CAMISA, que é o que o Corinthiano gosta.
Foda é sair nos pênaltis.
Abraço!
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O problema é que “fazer mais gols” não deveria ser mais importante do que “tomar menos gols em casa”?
Ainda acho que quem faz 3×2 em casa e perde de 0x1 fora, fez mais do que o virtual classificado pela regra.
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Pior é que é verdade, nem tinha lembrado.
Abração!
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Concordo. Se eu não me engano foi isso que nos eliminou no ano passado contra o Sport.
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