Timão 1 x 0, perdas e danos.

Nada como um derby após o outro! Nada como assistir ao jogo no estádio!

Timão começou com uma postura próxima ao 4-2-2-2, mas com um Elias muito confuso e sem função. Time do Palmeiras entrou no seu 4-2-3-1 e era totalmente pênsil para a nossa direita. Como Elias começou atrapalhado, Ralf acabou atuando como um 2º lateral direito e Jucilei era o único volante.

Tite corrigiu a posição do Elias que começou a “comparecer” na marcação pelo lado direito, fazendo Ralf voltar ao meio e Juça posicionar-se mais à esquerda no apoio o RC.

Pronto.

Sem papagaiada, Tite corrigiu o desequilíbrio do time e Elias começou a ser importante para a equipe. Com estava sem relógio, acho que esse desequilíbrio — sutil, diga-se — durou 10/15 minutos, ofuscado ora pela fraquíssima defesa verde, ora pela moto contínua voluntariedade do Kleber.

Posicionamento corrigido. Elias ajuda o meio e não está jogando como 2º centroavante.

Timão posicionou-se, então, num 4-4-2 losango, que mudou repentinamente para um 4-3-3 (que podia ser um 4-2-3-1, quando Elias avançava pela direita). Ao corrigir a posição (e função) do Elias em campo, Tite ganhou o meio e, sintomaticamente, um Palmeiras preocupadíssimo com o R9 recuou para o Tobogã. Nosso 4-3-3 tinha um R9, que começou bem e foi fundamental para isso, abrindo num dos lados.

Um artista deve estar onde a bola está.

E tem alguém que, além do Adilson, ainda acha que faz algum sentido deixar o Bruno jogando na ponta? Pois é, didaticamente confirmando TUDO o que se falou no boteco, Bruno vai lá e faz o gol “blogue do timão!”. Pois sim, esse 1×0 é um GOL TÁTICO, de quem sabe que não se esconde o melhor finalizador do seu time na pista de atletismo, você posiciona o cara onde ele melhor pode arrematar. E BC estava lá, de frente para o gol. Dessa vez não era o Elias.

Timão, infelizmente, não aproveitou a sua incrível superioridade tática para matar o jogo (que saudade estava de voltar a ver meu time superior taticamente…) Isso sim foi um grande erro.

Pois começa o 2º tempo com a entrada de Valdívia como meia de ligação. Com relativa inteligência e muita indulgência ele foi buscando lançamentos para o Kleber e se atirando para o Helber marcar faltas. Pausa para xingar o juiz nos moldes do novo estatuto do torcedor: “Pombas, Helber!”. Está querendo entrar para o quadro da FPF?

Helber nunca foi disso. Acho que quer entrar para os quadros da FPF.

Continuando, dois pontos marcam o 2º tempo: (1) Tite é um exímio tático de sistemas defensivos, como todo mundo do boteco comentou e (2) que Elias funfa mais como volante que apóia do que apoiador que volta. Palmas para o Tite, isso sim!

No decorrer do derby, entendi as substituições, ou a falta delas. Não gostei, mas concordei. Por mais bizonha que seja a fase do Iarlei, era necessário um jogador de contra-ataque e não temos mais ninguém à disposição. O que eu mais questionei foi a manutenção do R9 — que friso importante nos 1ºs 45 e inútil nos 2ºs 45. Entendi que Tite não quis modificar a equipe e preferiu substituições par-a-par.

Realço, todavia, que se Tite for escolher o jogador de maior aplicação às suas orientações, esse jogador será o… WM! O rapaz entrou para prender a bola no ataque e o fez muito bem. Vai ser difícil que não termine como titular dessa equipe.

Resumindo, time do Tite, como prevíamos, consciente de que não se toma gol, custe o que custar. Time do Felipão jogando na base da “bala de prata”: tudo por uma falta salvadora do MA.

Bala de prata: a grande, e na minha opinião, única grande defesa.

Perdas e danos.

Compare este Corinthians x Palmeiras com o Palmeiras x Corinthians do 1º turno (nem precisa ler tudo, só o 1º parágrafo. Só.)

…

Nos pontos corridos, você é o que você come:

Em tempo: para quem não sabe, campeão brasileiro (tirando 2009) precisa de 73 pts ou 64% de aproveitamento. Faltam 20 pts (2,9 pts/jogo ou, a cada 3 jogos: 3 vitórias). Update: nesse momento, 76 pontos é o teto para o Campeão. Para não cair, sempre foi mínimo de 45 pts.