Timão 2 x 1 Flamengo, não vejo ninguém na minha frente! (Conte comigo: faltam 10!)

E fui a um jogão!

Timão entrou num 4-3-3 em que a linha de atacantes tinha Émerson e Liédson girando suas posições, enquanto JH ficava bem adiantado, fixo à direita. Flamengo, surpreendido com o bom posicionamento corinthiano, entrou no seu esperado 4-3-1-2.

Usualmente, esperaríamos um Corinthians no 4-2-3-1 em que os extremos marcam os vértices do losango flamenguista, como visto, por exemplo, contra o Inter. Mas não foi bem assim.

No plano mais amplo, a opção titeana pelo 4-3-3 era defensiva – e isso não é uma crítica – com o objetivo de congestionar o setor esquerdo adversário, dificultar o apoio do lateral e reduzir os passes do meia ao RG. Foi assim que Paulinho não deixou Renato trabalhar e Alessandro colou-se com superbonder ao RG. A marcação alta enquanto possível, anulou toda criação adversária ao impedir que a bola igualmente chegasse ao Plano B, Thiago Neves. Mesmo se escapasse, Thiago não teve recreio com Ralf  (e Léo Moura jogou mal pracacete e só pensava em suas próprias costas).

Nosso 4-3-3 era, de fato, uma opção de posicionamento inteligente para ocupar melhor os espaços do campo e neutralizar a jogada adversária.

Bem posicionados, fomos ofensivos sem correr riscos durante todo o 1º tempo, comprovado pelo bom número de gols que perdemos e quase nenhum ataque adversário merecedor do “uuuuu….”

Na hora do 0x1, Tite é nosso jogador mais adiantado.

Só que, e ninguém mais duvida disso, Tite é péssimo (talvez o pior da face da Terra?) treinador de bola parada: 0×1 Deivid, de escanteio e se não tivesse tanta gente na área, eu diria que o JC poderia levar alguma culpa. Dói, mas a jogada foi muito bem realizada (note como um atacante pula para proteger o Renato) e o nosso goleiro, que já não curte pegar a bola com as mãos, não tem como se movimentar tal o número de jogadores na área.

Foi o 1º quem fez o cabeceio. Notem o erro de todos os jogadores altos na mesma região da área. Fonte: terra

Do nosso lado, Alex, que fez sua melhor apresentação até aqui, enfrentava homericamente a linha de 3 volantes adversários, mas sofria com o pouco apoio da dupla Paulinho-Alessandro, mas que, quando subiam, mostravam que nosso lado direito era o mais forte.

Voltamos ao 2º tempo perdendo, por alguns minutos, o tempo da marcação. Coisa de 5, talvez 10 minutos e já estávamos novamente com o mesmo cenário do 1º tempo.

Tite fez uma substituição esperada ao trocar JH pelo Willian, este que compensou a sua falta de dedicação à marcação, posicionando-se bem aberto. Enfim, depois de 1 hora de jogo, Liédson 1×1, numa jogada ENSAIADA (usualmente é o Danilo quem cabeceia, dessa vez foi o defensor).

Mesmo que um punhado de jogadores já não se agüentasse mais em pé, mantivemos a pressão. Acho que a partir dos 30/35 minutos, Tite embaçou ainda mais uns 5 minutos para tirar Alessandro/Alex e colocar Welder/Danilo (ele poderia ter escolhido outros, mas já estava todo mundo pregado).

Já com Danilo, Timão adiantado no 4-3-3 em que Paulinho foi para frente decidir a partida.

Aos 43, Paulinho se impõem em definitivo no lado direito e decide o jogo ao lançar Willian e depois desviar o cruzamento: Liédson 2×1.

Foi um jogão!

Nossa melhor partida do ano. Talvez o melhor jogo do ano. Mas é difícil crer, contudo, que vamos conseguir manter essa pegada e ainda nesse sistema. Por exemplo, não tenho dúvida de que não haverá treino para o jogo de Domingo, tal o estado de desgaste dos jogadores ao final. E isso é um baita problemão.

Faltam 10 vitórias.

…

Não tive a menor idéia do que aconteceu quando Liédson estatelou-se no chão. Falaram em soco, mas ninguém viu nada.

Em tempo:

Copo meio cheio: para quem não sabe, campeão brasileiro (tirando 2009) precisa de 73 pts ou 64% de aproveitamento (em 2010 foram 71 pts). Faltam só 30 pts (1,9 pts/jogo – se vencer 10 partidas e perder 6, leva).