Timão 2×1 CAP, não vejo ninguém na minha frente! (Contem comigo: faltam 4 vitórias)

Preâmbulo: tenho uma tese de que se você é um time RABEIRENTO, é obrigação escalar um Boneco de Olinda como centroavante. Inexoravelmente, você vai jogar com os dados, não com tabelas, triangulações, dribles…

Delegado fez grande bobagem quando não entrou com Nieto, um centroavante classicamente ruim, para entrar com o péssimo dos péssimos Adaílton.  Marcinho foi isolado à frente, como um Camisa 9 que não recebe a bola, enquanto PB vestia uma camisa que não lhe cai bem. Era um 4-3-3 das antigas, em que os 3 da frente não marcavam patavina.

Timão entrou ofensivo como dele se esperava (e como era obrigação ter entrado em Uberlândia). O desenho era aquele 4-2-4, com Danilo bem a frente ao lado de Liédson, costumeiro em algumas partidas em casa. Deu tão certo que saímos num 1×0 com Paulinho vindo de trás em boa jogada, vejam só, de Willian pela direita (fato é que, seu marcador, o filho de Zeus, só batia como o pai. Futebol mesmo, nehum). E o Emerson 2×0 veio (em mais) uma boa trama entre Danilo e Emerson pela esquerda.

4-2-4 inicial com Danilo ao lado do Liédson.

A lógica matemática explica o que aconteceu a seguir:

(2 a zero)+(5 minutos do 1º tempo)+(Tite)=RECUA! RECUA! RECUA!

Tite manda o time recuar e o jogo vai se ENCHATANDO, como também estamos acostumados.  Bobagem, porque a ruindade do adversário permitia mais 1 ou 2 gols no 1º tempo ainda. Era só manter a pressão no campo de ataque.

Uma nação com 30 milhões de mascotes!

Começa o 2º tempo com Delegado corrigindo o erro de saída e voltando o Nieto (grosso de marré, marré, marré) como centroavante fixo. Com isso, ele recuou o Marcinho como um meia pela esquerda, trazendo o melhor do time para jogar mais com a bola.

Adversário era outro.

O problema é que Corinthians continuava recuado, abrindo mão de marcar no campo adversário. Um replay de Uberlândia.

Não demorou muito e adversário já dominava o jogo e se impunha com a mesma facilidade que América se impôs. O 2×1 PB, logo aos 3 min, é fruto do cagalhão, da ousadia de quem escala uma dupla de zaga dessas e das forças ocultas que manipulam o Vudu do Paulo Bayer.

Depois do gol, foi constrangedor ver o líder do campeonato sendo dominado em casa por uma das piores equipes do Mundo, quiçá do Sistema Solar. Marcava-se mal pracacete, o que expunha sistematicamente o nosso afamado miolo de zaga. Faltas a rodo no meio armavam a principal jogada adversária: o balão na área do PB, sempre lançado entre os dois zagueiros de área. E, a parte mais assustadora, a falta de pernas, o cansaço físico, a ausência de explosão.

Chuva e zorra tática.

Lá pelos 15, Tite chamou Edenilson e Morais. 3 minutos depois, entra Morais(!?) no lugar do Liédson. Só vejo uma explicação: Morais deve estar comendo a bola nos treinamentos. Será que Tite não viu que o jogo pedia mais marcadores e que a chuva forte pedia jogadores mais pesados, jamais uma criança – e, pô, se ele está tirando um centroavante, porque não entra com outro?

Tite ainda deu um azar danado, pois Morais entrou errando tudo e perdido na função de marcar o laderal direito (Emerson foi para a 9). Tivemos ainda, aos 33, Adriano no lugar do Willian e o desespero a cavalo com Wallace no lugar do Welder B perto do fim.

Meninos, eu vi Tite pedindo para seus atacantes recuarem a cada esboço de contra-ataque. E, nós mesmos, não tivemos praticamente nenhum contra-ataque, pois saíamos muito de trás, um erro recorrente neste ano. Ele poderia ter resolvido o jogo no primeiro tempo e depois, no segundo, podia entrar até com Morais se quisesse.

O maior problema é que o time não dá sinal nenhum que vai ter pernas para jogar quarta e domingo.

A pergunta agora é: valeu a pena trocar o preparador físico no meio do campeonato?

Em tempo:

Copo meio cheio: para quem não sabe, campeão brasileiro (tirando 2009) precisa de 73 pts ou 64% de aproveitamento (em 2010 foram 71 pts). Faltam só 12 pts (3 pts/jogo – se vencer as últimas 4, leva).