Corinthians 2×1 Náutico, vagabundagem ainda vai nos custar mais um campeonato.

Do time que identifiquei pela Internet como o mais provável, Gallo trocou um defensor pelo atacante Rhayner. Mesmo assim, time começou num 3-5-2 bem definido (e com alas recuados) em que esse mesmo Rhayner jogava atrás dos atacantes, como homem de criação e caindo pelo lado esquerdo do campo. Ao longo do jogo, esse sistema foi se configurando num 4-3-3, aproveitando-se do nosso sistema que prende os laterais e Ralf. Aliás, esse é um ponto merecedor de uma reflexão interna: a previsibilidade do nosso time, principalmente devido a sua alta exposição na TV.

Naútico ainda em um 3-5-2 (o 3 mais por conta do marcação individual do volante em |Alex) e Timão preparado no 4-2-4 com que a Hungria assombrou o mundo em 1953! (Brincadeira a parte, no jogo de chutões, é assim que o Corinthians espera a bola no ataque).

Corinthians iniciou, como no começo do jogo contra o Boca, com Danilo de centroavante e Emerson na esquerda, sistema que não funciona e Tite teima mas acaba trocando em menos de 10 minutos pelo mais vitorioso em que Danilo joga aberto na esquerda – posição em que, desde à época do SPFC, todo mundo sabe que o Danilo rende mais.

Entramos em campo com o nível de VAGABUNDAGEM entre 75 a 85%, o que deu o jogo de meio de campo à nação de volantes alvirrubra. Fazíamos uma marcação miseravelmente mentirosa.

Marcação vagabunda no início do jogo.

Lá pelos 20, por merecimento, 0x1 num gol de volante que aparece de trás.

Como uma criança que é pega fazendo arte, os vagabundos jogadores começaram a correr e nem deu 2 minutos para um lançamento fantástico do Paulinho colocar Danilo 1×1. Gol importantíssimo.

Corinthians manteve a marcação mais forte até o fim do 1º tempo, o que lhe deu o controle do jogo.

Ou eles tomaram uma bucha no intervalo ou o gol por si só do poderoso Náutico fez os jogadores profissionais acordarem que sucesso só vem com transpiração. Seja o que for, o 2º tempo teve mais dedicação, foco e, o mais decisivo, marcação pressão na região da bola – o diferencial desse time.

Agora Nautico assumiu o 4-3-3 de base alta, mas o excesso de marcação individual ainda faz parecer 3 zagueiros.

Dominamos e fizemos nosso gol a la 77 com Danilo: 2×1. Só tivemos alguma canseira nos escanteios e num chute consciente de um rapaz deles que quase faz o golaço do ano.

Tite tirou o SUBVERSIVO Romarinho, o melhor em campo e Alex, que se não jogou no nível que se espera dele, correu como o diabo no 2º tempo. Penso que Tite optou por não tirar Emerson, para que ele fique esperto: malandro é malandro e mané é mané (Emerson que infelizmente voltou ser aquele Emerson que chuta e não passa).

Sobre Romarinho, a imagem do torcedor é a dos gols. Mas esse não é o melhor do rapaz. Ele SUBVERTE o TItenaccio fazendo jogadas de penetração em diagonal e sempre procurando a tabela. Estranho tanto esforço do clube em busca de mais atacantes titulares.

Previsibilidade! (pegou? pegou?)

…

Que a torcida fique de olho em jogador que toma amarelo por reclamação, que vem na beirada de campo pedir spray fantasia na perna, que não faz jogos fora de Sampa… Esse é o vagabundo a ser extirpado do elenco. Diga-se que a bem da verdade, essa baciada de atacantes que o Corinthians está contratando pode ter o bom efeito de extirpar esse tipo de câncer do elenco.

Em tempo: para quem não sabe, campeão brasileiro (tirando 2009) precisa de 73 pts ou 64% de aproveitamento (em 2010 foram 71 pts). Faltam só 65 pts (2,2 pts/jogo).