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Corinthians 2×1 Inter, o fim da Maldição de Itaquera!

07/19/2014

Corinthians retomou o processo reconstrução do seu Time de Futebol jogando num 4-2-2-2, com Ralf e Elias mais presos no meio. Inter jogava no 4-2-3-1 e aproveitava-se da disposição “estreita” do sistema corinthiano para colocar rapidamente seus laterais no mano-a-mano ofensivo contra os nossos.

Os dois times também começaram o jogo com muita velocidade, fazendo valer a pequena fortuna paga no ingresso. Nessa correria, numa bela troca de passes, numa zaga mal recomposta, num toque genial e Guerrero aparece livre para chutar EM CIMA DO GOLEIRO e fazer 1×0. Mais outra troca de passes e Guerrero (acho que) cruza para o Fagner 2×0. 10 minutos que nos encheram de esperanças!

Adversário tentou uma resposta rápida, sempre pelas laterais e Corinthians, sobre orientação clara (e bronqueada) do Mano tentou reduzir a velocidade do jogo. Foi nesta etapa que percebi algo que não está bom no time: quando a equipe se montava defensivamente no 4-1-4-1, a 1ª linha de marcadores mantinha o problema da disposição estreita, facilitando o trabalho adversário pelas laterais. Não se exige a volta do Titenaccio, óbvio, mas como todos temos na memória a vitória de 7×1 do futebol defensivo alemão, imagino que fica fácil perceber que o time alemão tinha mais amplitude e travava bem as laterais, em detrimento do nosso, mais estreito em Jadson-Elias-Luciano-Petros e que deixa os laterais muito pressionados. Evitem, contudo, confundir BOM POSICIONAMENTO com o que Romarinho ou JH faziam há 1 anos atrás.

Pressionados, os laterais foram os que mais trabalharam, com Fágner tornando-se o melhor jogador em campo, o que também alimenta nossas esperanças!

No 2º tempo, voltamos com uma animação que durou coisa de 10/15 minutos até reposicionarmos na defesa em busca de contra-ataques mal concluídos. Um outro ponto para discussão: se vou pagar caro por ingresso, quero mais do que 40 minutos de bola rolando e não quero saber do Jadson entrar no modo andarilho, porque deu um passe genial e já estamos em 2×0. Quero 60 minutos de jogo, como na Copa. Quero meus 20 minutos de volta!

Foi nessa hora que Mano começou a “orientar” a “cornetagem”. Como a gente fica muito próximo das casamatas, o pessoal começou a pedir o time no ataque. Mano não se fazia de rogado: olhava para o corneta e gesticulava com a mão na cabeça (querendo dizer “usa a cabeça”) e depois fazia um sinal simpático de positivo para o torcedor. Fez isso umas 5 vezes que eu vi.

Certo ele!

Somos um time em formação, intrusos do G4 em busca de um time para 2015 (e uma boa Copa do Brasil em 2014). Qualquer coisa diferente da vitória seria atiçar o monstro da Maldição de Itaquera.

Vencemos e convencemos. Vencemos uma equipe (que era léguas) melhor que a gente antes da parada. Moralmente foi ótimo, tecnicamente foi bem, taticamente foi ruim no sistema defensivo e principalmente na conclusão dos contra-ataques. Aliás, bastava que 1 dos 3 contra-ataques mortais não fossem desperdiçados por erros TÉCNICOS de finalização que a porteira gaúcha poderia se abrir alucinadamente.

O lado positivo é que o contra-ataque, depois de 3 anos, voltou a ser arma consistente desta equipe e ele se constrói bem, mas se conclui mal. Meu veredito é o mesmo de antes da parada: precisamos de um atacante top, pronto para entrar e não desperdiçar essas chances que o time já cria com consistência.

Mapa de calor

Vi um mapa de calor no Tweeter que explica direitinho esse jogo lateral do Inter. Quando fui busca-lo no saite do Corinthians, lá era outro. Onde acho esse mapa?

Atualizado: o Bruno resolveu a charada! Reparem no mapa de calor do Inter, para melhor entender o Corinthians:

Posse de bola do Inter: 58%

 

Arena Corinthians-Ostentação

A gente vai aprendendo a cada visita:

  • O gênio que marcou o jogo para às 19:30 merece a forca. Não pelo torcedor, mas pelos trabalhadores que não puderam pegar o metrô por conta de +40k no horário de rush. O prefeito de SP tem de PROIBIR esse horário para o bem da coletividade. Aliás: acho que 99% foi de metrô.
  • Desta vez voltei pela estação Itaquera. Mesmo sendo um dos últimos a sair (ao lado de um Sr fantasiado de Papai Noel Colorado!), ainda existia uma bela muvuca na entrada da passarela do metrô. Tomei uma cerveja ambulântica por ali, esperando esvaziar. Deu certo, mas só cheguei na Barra Funda às 23:10h. (+1:40h do apito final)
  • Portanto, no jogo das 22h, não tem como todo mundo sair até às 24:30h de trem/metrô, mesmo admitindo que eu vou encarar a muvuca.
  • Eu teria deixado a decoração da Copa…
  • Daquela discussão que tivemos sobre sentar no lugar certo, o consenso entre os torcedores é: paguei caro por esse lugar, então eu vou sentar nele. Tomara que isso vingue.
  • Torço, sinceramente, para que o ambiente da Copa tenha contaminado de CIVILIDADE o torcedor organizado. Teremos derby e as divisões entre torcidas praticamente não existem ali. Segundo consta, era tão perto que os torcedores Colorados CONVERSAVAM com os Corinthianos do outro lado.

     

Em tempo:

Copo meio cheio: para quem não sabe, campeão brasileiro (tirando 2009) precisa de 73 pts ou 64% de aproveitamento (em 2010 foram 71 pts). Faltam só 56 pontos.

10 Comentários leave one →
  1. 07/19/2014 14:14

    Não consegui ver o jogo todo. Apenas parte do primeiro tempo.

    O Corinthians, desde que subiu da Série B com o Mano, recua.

    Eu sempre reclamei desse recuo. Que é recuo.

    Com o Tite o problema persistiu. E o contra ataque era horrível.

    Hoje com Mano novamente o problema é o mesmo.

    Fazemos o gol, jogando muito bem e dando um baile nos adversários. Depois deixamos eles jogarem. Não acredito que seja tanto por mérito dos adversários, mas sim pelo recuo do Corinthians.

    Se a Alemanha tivesse recuado como faz o Corinthians no jogo contra o Brasil ela teria ganho de apenas 2 a Zero e não de 7 a 1.

    Não que o Corinthians seja uma Alemanha, mas quem faz dois gols, se for regular, faz mais dois e mais dois…

    E não venha com essa história de que temos que guardar energia pois o campeonato é longo. Quem tem a bola nos pés cansa muito menos. É a melhor forma de “descansar” durante o jogo. Enquanto o rival corre atrás dela.

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    • Morgana permalink
      07/19/2014 20:45

      Eu tenho essa mesma impressão sobre o time sempre recuar.
      Muitas vezes comentei aqui que parecia algo instintivo dos jogadores e me faz lembrar da história dos ‘macacos condicionados’.

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  2. Cesar Cachaça permalink
    07/19/2014 11:27

    a evolução é consistente, mas lenta, mais lenta do que gostaríamos. Esse posicionamento com o placar na frente é um problema eterno. Mas discordo do diagnóstico sobre o contrataque: pareceu-me que quinta o problema foi a ligação, não a conclusão. Tivemos poucas chances de chegar a área; o problema era que na recuperação de bola, na hora de enfiar aquela bola mais longa pros atacantes correrem, o pé estava muito descalibrado. Percebi por uns 15 ou 20 minutos que tivemos seis ou sete bolas recuperadas que poderiam ter resultado em contrataque mas Petros / Jadson / Elias erraram o passe, e o Inter retomava a carga com facilidade. Acho que o problema foi mais técnico do que tático. O que me trás outra questão: precisamos nos adaptar ao campo, mas quando estivermos adaptados, será um baita diferencial. Era impressionante, no começo do jogo, a dificuldade dos jogadores com o gramado rápido. Matadas erradas, passes com muita força, escorregões. Depois de alguns jogos e alguns treinos, estaremos acostumados enquanto os outros times demorarão um tempo para se adaptar.
    Para não deixar passar em branco: entendo que, de grande desfalque, o Inter só tinha o Aranguis. Na boa, elenco por elenco, não devemos nada para eles. Só vejo o Cruzeiro levemente a frente, mas como vc sabe minha teoria, o diferencial deles é mais encaixe tático do que superioridade técnica. Conclusão: com o tempo que teve para treinar e os reforços, Mano tem a obrigação de levar esse time a libertadores. Algo fora disso é fracasso retumbante. No meu otimismo acho que dá para brigar por título (mas aí pq confio no Mano.)

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    • 07/19/2014 11:44

      Sobre o campo é a mais absoluta verdade. Inclusive, como poucos estádios terão um gramado desses, é provável que isso torne o elenco mais acostumado com ele imbatível.

      Uma pena que a Copa não deixou o legado de gramados bons nas Arenas. Inclusive achei o gramado do Maracanã ruim na final.

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  3. 07/19/2014 9:53

    Não tenho muito a acrescenter, a não ser pedir moderação aos exageros chapabranca do dono do boteco que deve ser fundador do Partido do Mano :-). É inegável reconhecer a evolução do time, mesmo não gostando muito de uma “formação” que já leva 6 meses e 3 pré-temporadas. O time tem um bom comportamento no começo do jogo. Agride o adversário e enquanto o Jadson e o Elias tem pernas temos um meio de campo criador razoável. Ou seja, bom comportamente enquanto está empatado (não me lembro de começarmos perdendo um jogo, com exceção da derrota no final para o Figueirense, para fazer uma análise dessa outra situação). Mas basta fazermos o gol para ficar clara a dificuldade que temos com o contra-ataque. Não questiono que ao fazer o gol entreguemos um pouco de campo ao adversário, que tem que arriscar mais e nos dará espaço. O que critico é a inoperância do nosso contra-ataque. Contra o Inter sofremos a pressão e poderiamos ter tomado gols, mas as oportunidades de contra-ataque foram muitas. E muito mal aproveitadas. Com um pouco mais de precisão dos dois lados era jogo para 5 x 2 ou 6 x 3. E não parece ser problema de treino, parece mesmo que nos falta jogador que tenha capacidade de aproveitar isso. Guerrero e Romarinho não são explosivos. Nossos laterais tampouco são velozes. Luciano e Romero talvez. Elias e Petros como fatores surpresa talvez. Mas optamos pelo contra-ataque ainda que tenhamos muita dificuldade em realizá-lo. Com isso a torcida perde a paciência e reclama do recuo sem a contrapartida de chances reais no ataque. Há ainda muito espaço para melhora, nossas laterais ainda são vulneráveis (várias vezes o Inter conseguiu em apenas dois toques espaço para cruzar a bola com relativa tranquilidade), o meio de campo parece que cansa rápido… mas hoje me parece muito importante trabalharmos melhor o nosso contra-ataque (o lider do campeonato fez 2 gols de contra-ataque contra o Vitoria, ou seja, bem utlizada é uma opção muito boa).

    Sobre o trajeto. Sai de casa à 17:45h (moro em Perdizes). O metrô estava lotadíssimo. Só consegui me mover a partir do Tatuapé, antes disso ia para onde me empurravam. Mas isso é o normal da linha leste-oeste em horário de pico. Cheguei no estádio às 19h. Após o témino do jogo sai do estádio rapidamente, mas sem correr, e pela CPTM cheguei na Barra Funda às 10:20h (só 50min, incrível!). Para mim foi bem tranquilo. Fiquei também positivamente surpreso com as pessoas respeitando o assento (pelo menos na leste superior). Se funcionar não precisaremos mais chegar muito tempo antes do jogo começar. Gostei.

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    • 07/19/2014 10:28

      Concluímos a mesma coisa: o contra ataque funciona bem até a hora da conclusão. Teve um que Guerrero ou Petros tinha a frente da zaga inteira, mas optou pela falta que não veio. Outro o Luciano afrescalhou o cabeceio e por aí vai.
      Um desses que entra e muda a avaliação do time.

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      • 07/19/2014 11:09

        Se te passei essa impressão então não fui claro. Reformulando, a construção do contra ataque está ruim. Concordo que a conclusão também. Nos dois exemplos que optamos pela falta, não havia ninguém acompanhando para passar (mal construido, contra-ataque individual e não de equipe) e em outras com frequencia tentamos o drible por falta de opção (novamente mal construido). Discordo que o Luciano afrescalhou na cabeçada, acho que fez o que tinha que fazer e errou o alvo.

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    • 07/19/2014 14:17

      Concordo com o Ricardo, o tratamento dado pelo dono do blogue ao Mano é totalmente parcial. Coisa que não acontecia com o Tite. Porém gostassemos do técnico também fariamos igual.

      O técnico do Costa Rica é bem vindo. Fora Mano! 8D

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  4. Max permalink
    07/19/2014 9:42

    1 Começo à acreditar que poderemos estar entre os 3

    2 FIFA não autorizaria manter a decoração mas a idéia é boa, decorar novamente com adesivagem alvinegra.

    3 Eu não consigo ver como manter as TO,s de Corinthians e Palmeiras ali com aquela (ausência de) separação. Será uma surpresa positiva se o jogo ocorrer sem incidentes. Acredito que o policiamento será absurdo.

    4 Off topic Dunga de volta? Fujam para as colinas!

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