Once 1×1 Corinthians, um tiro cego no clássico de cinzas.

E fomos longe garantir a classificação!

O cagaço corinthiano era tanto, que segunda-feira os caras já estavam em Manizales, depois de +14 h de viagem. Um exagero, sabendo da ruindade do Once e da vantagem de 4 gols.

Foi um jogo ruim, chato, em que só teve o golaço do Elias 1×0 para nos acordar. Eu, por exemplo, sucumbi e capotei no sono bem antes, nem vi o golaço de empate.

Teve boas defesas do Cassio e isso é o que interessa nesse jogo.

Interessa não exatamente porque estaríamos novamente na mão do Cássio, como foram os jogos críticos da temporada 2012, mas porque a última linha de defesa parece não evoluir como esperado. A gente que está acostumado, sabe que esses caras lá atrás sentem mais a preparação física e teimam um pouco a entrar em ritmo de jogo. O Gil é um bom exemplo, mesmo que Tite vá podar seu estilo VIDA LOKA, o seu futebol sempre foi de zagueiro velocista, que corre lado a lado com o ponta mais arisco até o carrinho derradeiro na linha de fundo. Consensuemos: ele não está nada disso.

Manizales é alto, algum impacto teria mesmo, mas a lentidão não estava pegando apenas neste jogo em particular.

Nossa ultracompactação funciona até que o adversário tenha jogadas de infiltração na ponta. Once, neste ponto, mostrou o caminho nos dois jogos. A SEP abriu mão do expediente e preferiu o chuveirinho e mostrou que jogada área, particularmente escanteios, também está uma desgraça, forçando Cássio a corrigir erros grotescos.

Nessa nossa reunião pós jogo, o ponto de pauta que fica é: o quanto isso nos prejudicará ainda neste primeiro 4º de ano?

Como o burro da vez tem sorte pracacete, o grupo da morte tem o time do Papa, mas também tem o SPFC. Ano passado, contra eles, perdemos por pouco a 1ª do Paulistão com um time começando, empatamos no bra-14 a 1ª e vencemos convencendo a 2ª em Itaquera. Desconfio que, considerado apenas o 2º turno do bra-14, terminamos o ano com desempenho melhor do que eles, vice-campeões. Não é pouca coisa.

Mano entregou, ao final de 2014, uma equação lógica verdadeira: time(Corinthians) > time(SPFC).

O problema é que ninguém viu um mísero jogo do SPFC para dizer como estão as coisas por lá (e acho mesmo que nem eles se viram!), então fica difícil qualquer análise.

A defesa deles é lenta? Muricy vai atacar um time ultracompacto com uma tropa meias de criação? Guerrero, decisivo no último jogo, vai fazer falta? A jogada área será o expediente (foi decisiva no Paulistão)?

O componente aleatório de início de temporada acertou em cheio o coração do clássico.