Capivariano 2×3 Corinthians, não entendo a Rede Globo de Televisão.

Foi um jogo de afirmações. Não táticas ou técnicas, mas políticas. Ninguém prestava muita atenção no jogo, mas no estado do gramado, causador de uma onda de AFLIÇÃO pelas redes sociais. A Globo, verdadeiro Lado B da transmissão, se recusou a tocar no assunto.

É ela, Globo, quem manda. O Paulistão já poderia estar caminhando para as finais, mas não, temos ainda uma pancada de partidas inúteis. Essa sensação de inutilidade, somada a ascensão midiática de um torneiro pior tecnicamente (ao menos na fase de grupos), vai matar de vez o Paulistão. Isso pode ser bom, mas também muito ruim. Penso que o risco do fim dos regionais é o que vem pela frente: torneio Rio-SP (clássicos sem times prontos?), calendário europeu (jogos nas férias?), mais grupos na despertadores?

A única proposta na mesa – o que mostra o naipe dos dirigentes esportivos – é a do Bom Senso, que parece-me estapafúrdia: alongar o Paulistão pelo ano todo. Minha desconfiança é que não há dinheiro para manter-se equipes de ponta (fora do trio de ferro) por tanto tempo e isto tornaria o campeonato muito fraco, a ponto de sumir. A solução, creio eu, é fazer do Paulistão um campeonato com bem menos partidas.

Mas, notável mesmo, é que o campeonato atingiu o nível: “só prejudica o meu time na despertadores”. E isso é muito grave para o futebol brasileiro.

Sobre o jogo, era bem ruim por conta do gramado e algum desinteresse corinthiano. Mudou tudo quando o juiz não marcou o puxão de camisa do Renato, mas expulsou corretamente o goleiro adversário. Perder o goleiro no futebol é como perder a Rainha no jogo de xadrez, o xeque-mate torna-se inevitável. (E eu não entendo como os goleiros podem ainda preferir a expulsão em lances como este).

Corinthians teve campo, mais bola, um Renato mais acordado e a ajuda de um camisa 2 medonho do lado de lá: 0x2, 1×2(!), 1×3 (fácil) e… 2×3(?!?!?!?).

Ainda temos mais 3 jogos verdadeiramente inúteis na mesma semana.

Não entendo a Globo.