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Goiás 0x0 Corinthians, não se ganha a corrida de pontos desperdiçando pontos fáceis.

07/05/2015

Foi um jogo muito ruim.

Tecnicamente, mesmo com o Timão léguas à frente, foi um jogo fraco, cheio de erros (com grande parcela de culpa no gramado).

O primeiro tempo terminou com 0 finalizações certas e 2 erradas do time da casa. Ficou evidente, mais uma vez, e principalmente para quem segue o Corinthians, que a estratégia é recuar e jogar no contra-ataque nos jogos fora. E isso vale tanto para Joinville e Goiás, quanto para Atlético, Real Madrid e Chelsea. Não vai demorar muito e aparece algum maluco para comparar-justificando essa estratégia com a do Chelsea de Mourinho. Sorry, guys, Mourinho utiliza isso quando enfrenta equipes francamente superiores ou mesmo iguais, mas que circunstancialmente estão obrigadas a partir para cima. Contra as fracas ele vai em busca dos 3 pontos até o último segundo. Aliás, sobre isso, o Jonathan Wilson tem um artigo bem interessante explicando em números como a estratégia do Mourinho é, de fato, ofensiva na corrida de pontos da Liga Inglesa.

O que Mourinho faz, o que a Alemanha fez, o que o futebol mundial faz (como visto na própria final da Copa América) é marcar forte a saída de bola e iniciar o contra-ataque numa posição tão adiantada, que o olhar menos atendo não reconhece que aquilo é mesmo um contra-ataque. O futebol, até então esmagado pelo encurtamento do campo, tornou-se novamente algo vibrante, cheio de alternativas e a Copa foi o ápice disso.

Mas era o Goiás e displicentemente deixamos os 3 pontos no balcão do Serra Dourada.

Em jogos assim, cabe ao Corinthians ser o protagonista e entendo que Tite está errado em se posicionar defensivamente contra esse naipe de adversário. Não faz sentido jogar na retranca contra um time que espera empatar com a gente.

Não vou perder tempo analisando um jogo tão fraco, mas notem que, ao final, repetiu-se uma estratégia infantil: faltando 10 minutos, ele manda o time todo para frente e aquilo vira uma CORRERIA de PATETAS, um futebol de palhaços de circo, reforçado por substituições como a entrada do BARRA-BASE Rodriguinho.

O resultado dessa correria peladística? Embates como o que levou Gil, claramente já sem gás, já sem tempo de reação, a fazer um penal didático nos acréscimos. Heber deve ter tido dó para não marcar aquilo (logo o Helber que adora uma lambança de último minuto!).

Na coletiva, olimpicamente, Tite festejou o bom momento.

Curioso é que Tostão soltou um artigo muito bom em que critica o estágio atual do futebol brasileiro, mas, lá no meio, cita Tite como um dos que enfrentam esse mar de mediocridade… O artigo é bom, a menos desse lapso.

Ponte

Só pesquei o 2º tempo, quando já estava 0x2 SEP. Mas vejam a estatística de chutes a gol:

  • Ponte: 2 certas e 7 erradas.
  • SEP: 2 certas e… 1 errada. 3 CHUTES!

Em tempo:
Copo cheio: para quem não sabe, campeão brasileiro (tirando 2009) precisa de 73 pts ou 64% de aproveitamento. Faltam só 53 pts.

16 Comentários leave one →
  1. 07/07/2015 22:19

    Concordo com tudo, e somo: afinal de contas, pq nosso time finaliza tão mal!?

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  2. Daniel CMS permalink
    07/06/2015 18:53

    Fora, Tite.

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  3. Múcio Rodolfo permalink
    07/06/2015 11:39

    1- Ontem, mais uma vez, o time foi relativamente bem no primeiro tempo. E poderia ter saído com a vitoria se houvesse um pouco mais de competência no arremate a gol. Tem jogador que não é especialista neste fundamento e insiste em fazê-lo.
    2- O que vai determinar se este ponto contra o Goiás foi importante ou não é a sequência do campeonato, Esse mesmo clube do centro-oeste veio a São Paulo e derrotou o Chiqueirense, assim como pode em rodadas futuras tirar pontos de times mais cotados.
    3- Até agora, tirando o Cruzeiro (mesmo assim com time misto) e o Entregacional (que justificam estar com a cabeça mais na Cucaracha do que no brasileirão), todas as vitórias do Corinthians foram contra times tidos como fracos ou médios. Times que o pessoal acha que o Corinthians tem obrigação de ganhar, ignorando as circunstâncias que tem uma partida de futebol. Mas olha que este Figueirense ontem ganhou do Flamengo, a Chapecoense dia desses derrotou o Cruzeiro.
    4- De fato não tem como entender muitas vezes o conceito de merecimento do Adenor. Eu só acho que um técnico que se valeu da base em outra passagem pelo clube -a de 2004 e 2005- não deveria ter aversão por ela. Muito pelo contrário. Dizem que ele ficou traumatizado depois que foi rebaixada no Atlético Mineiro usando metade da base no time titular. Não creio que ele prefira um perna de pau experiente a um promissor garoto da base. Em 2004, em determinado momento ele preferiu o garoto Jô ao experimentado Marcelo Ramos; assim que manteve na zaga o novato Betão quando já contava no elenco com o Filipe Alvin e um outro beque vindo do sul. A possibilidade de um veterano cometer alguma cagada é tanto quanto a de um junior. A diferença é que no caso do garoto, muita gente vai acusar o técnico de ter lançado o garoto na fogueira. Em 2011 teve muita gente que o criticou por ter colocado o Elias de Oliveira na arena dos chinelos voadores para enfrentar o time da casa. No caso do veterano, a crítica será na base do “como é que este técnico burro insiste com tal jogador”.
    5- O árbitro não marcou a tal penalidade porque não teve certeza do lance. Do contrário teria marcado com gosto. O juiz de ontem é daqueles cuja folha de serviços contra o Corinthians é um tanto que vasta.
    6- Agora temos pela frente, nas três próximas rodadas, o Atlético Paranaense (um adversário que tradicionalmente complica pro nosso lado – o ano passado o time do Mano não conseguiu derrotá-lo)- o Flamengo (que lá no Rio é sempre complicado – pois costumeiramente conta com a ajuda da arbitragem – o ano passado foi um dos casos) e o Atlético Mineiro (o time do momento). Eu acredito mais em resultado positivo no terceiro jogo.

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    • cesar cachaça permalink
      07/06/2015 13:46

      Múcio, você continua preferindo exemplos de 11 anos atrás (2004) aos exemplos mais recentes. 2004 era o começo da carreira de Tite. Discordo da sua análise dos comos e porquês ele fez o que fez em 2004, mas o ponto é: hoje isso é irrelevante. É quase como falar que Felipão é hoje uma ótima opção de técnico pq ganhou a copa de 2002. 11 anos é uma eternidade no meio do futebol moderno. Se você quer argumentar que o Adenor não tem problemas em usar a base, acho que faria mais sentido puxar exemplos das duas passagens mais recentes dele no clube.

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      • Múcio Rodolfo permalink
        07/06/2015 14:42

        1- Vamos lá, que técnico tendo a disposição jogadores de bom nível, já profissionalizados, com certa experiência, iria dar preferência por um garoto, salvo em extrema necessidade? Em 2012 ele tinha para o meio de campo, no primeiro semestre, Douglas, Danilo, Alex – isto sem contar o Jorge Henrique. Neste quadro, tinha espaço para um Matheusinho? O mesmo pode se dizer da zaga, na qual ele tinha para o setor: Chicão, Castán e Paulo André. Assim sendo, o Marquinhos só entraria -como só entrou- nas partidas em que ele deu folga para quase todos os titulares. 2- Ora. .. se o Felipão chegar a um clube e conseguir, com seus métodos, uma ótima classificação ou um título, se tornará uma ótima opção. O fato de usar 2004, como exemplo, é para mostrar que se o Adenor tem algum receio em trabalhar com jogadores de base, não devia tê-lo. Ora quem já trabalhou com Edson, Fininho, Coelho, Wendel pode muito bem trabalhar com Arana, Gabriel VAsconcelos, Marciel, Matheus Veiria.

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        • Correa Leonardo permalink
          07/06/2015 14:50

          O problema em 2012 é que ele também tinha pra zaga o Wallace e deixou o Marquinhos pra trás desse também. Aí não dá pra defender.

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        • Múcio Rodolfo permalink
          07/06/2015 14:55

          Nesse caso, não.

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        • cesar cachaça permalink
          07/06/2015 15:09

          2- nesse caso, você referer-se-ia a conquista recente, e não ao fato de ter ganhado a copa de 2002. é justamente por não haver conquista recente (no caso do Felipão – na analogia, exemplos recentes de uso da base pelo Tite) que você vai buscar exemplo de 2004.

          É claro que não acho que ninguém de boa fé espere que algum técnico, tenho uma boa opção para uma posição (boa = bom jogador e experiente) vá preferir alguém da base. Não é essa a questão. O ponto é você preferir qualquer opção minimamente experiente mesmo que horrorosa para banco / segundo tempo / situações de vários desfalques a por algum garoto numa semi-fogueira. Desde a última passagem do Adenor, me parece claro que ele prefere Wallaces, Ibsons, Rodriguihos e afins nessas situações do que por um moleque que de repente pode ir mal 2 ou 3 jogos mas tem potencial. Há inúmeros exemplos disso nos 3 anos da sua segunda passagem. Marquinhos é apenas um deles. Outra: Adenor adora pedir a contratação de Rildos e repatriação de Rodriguinhos.

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        • Alessandro Alves permalink
          07/06/2015 15:30

          Isso e verdade, porque repatriar Rodriginho que já sabemos bem como joga, álias como não joga hahaha. qualquer jogador da base é melhor que esse Rodriguinho, Tite nao gosta da base e ponto final, imagine se ele fosse tecnico do Grêmio hoje. metade do time estaria esperando uma chance de jogar. Vamos admitir ele não é pessimo tecnico nem magnifico, mais o certo que ele nao trabalha com a base isso e certo igual 2+2 sao 4

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        • Múcio Rodolfo permalink
          07/06/2015 16:03

          1-Não. Eu não me baseei em conquistas recentes. Me baseei na possibilidade do profissional realizar um bom trabalho num clube que o venha contratar. Usando o seu raciocínio, a contratação do Parreira seria uma posta arriscada, afinal seus trabalhos em clubes antes de ser contratado pelo Corinthians não haviam sido na da positivos. Depois de 23 anos, em 1977, o Brandão poderia ser considerado como defasado? 2- Será mesmo que o Adenor adora pedir Rildos e Rodriguinhos? Ele não preferiria pedir Liedson, Alex, Emerson, Renato Augusto? Wilian Xororó, Edenilson, Romarinho foram pedidos dele ou sugestões de algum dirigente mais inteligente do que ele?

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        • Cesar Cachaça permalink
          07/06/2015 16:45

          Múcio, pelo tempo de convivência aqui no boteco voce já deu mostras de ser um bom debatador, então prefiro acreditar que nesse caso específico você escolheu argumentar contra o espantalho que você mesmo colocou do que contro os argumentos que dei. É claro que o técnico prefere receber Liedson e Alex, e se ele receber tem que escalá-los, claro. Não é esse o argumento; é não tendo Liedsons para receber (ou, na melhor das hipótese s e pra ficar em jogadores que vem de times menores, um Biro-biro, que é um moleque promissor da Ponte), você pode não pedir um Rildo que tem 27 anos e já rodou muito sem sucesso e preferir trabalhar com alguém da base. Não gosto de usar o exemplo do Mano pq parece a velha comparação que temos aqui, e desde já assumo que há aspectos nos quais Tite é bem superior a Mano, mas vá lá: Ano passado Mano pediu um segundo atacante “para resolver”; ele achava que o Sóbis por ex seria um deles. Quando Sóbis não veio e a diretoria apresentou uma lista de refugos, ele falou “se for para trazer isso nem precisa, eu me viro com o que tenho aqui”, e foi assim que Malcolm teve chance. Repito o que já disse aqui: nem Mano é bom exemplo de ótimo uso da base, mas o lance é que recentemente Tite tem dado mostras de ter muito medo de colocar gente da base mesmo nas situações mais tranquilas. Agora, a culpa não é só dele – diria que preponderamente é uma política errada da diretoria que deveria estimular (para não dizer obrigar) qualquer técnico no time a usar a base com frequência como opção de banco. Mas que ele ajuda, ah, ele ajuda…

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  4. cesar cachaça permalink
    07/06/2015 10:23

    acho que o Corinthians fez um bom primeiro tempo. Sim, posicinou-se para defender e sair no contrataque, o que num campo como o Serra Dourada, contra um time ruim como o Goiás, se for bem montado, pode dar certo. Mas o lance é que a partir dos 20min do time começou a controlar o jogo tendo a posse de bola. Faltou capricho nas finalizações e ter mais gente decisiva no time – finalizaram 4x na cara do Renam, e acho que defesassa mesmo ele fez uma só – o resto chutaram em cima dele. No intervalo eu estava um quê mais confiante em relação ao que o time pode produzir, em especial considerando o histórico do time (com Mano e Tite) de se cag* de medo fora de casa, como já citaram. Aí veio o segundo tempo, e aí sim o conforto com um empatezinho contra um time horrendo como esse do Goiás entrou em campo. Um amigo meu bate na tecla do cansaço – que foi o que teria inclusive motivado as 3 trocas – mas, se for isso, é esquisito. Antes da Ponte tiveram 5 dias de intervalo, não é para morrer tão cedo no jogo. Enfim…assisti partes de Galo e Inter ontem, parece claro que o Galo é o grande favorito para esse título. Pontos corridos dificilmente se ganha com cagaço de ganhar os jogos dos pequenos, e isso é parte do que faz o campeonato ser chato (os ‘grandes’ confrontos não valem p* nenhuma…). O que me consola é que a movimentação e compactação ofensiva ontem, no primeiro tempo, foram razoavelmente melhores.

    Tite x base: a definição é que Tite tende a ser medroso. Ele prefere um perna de pau experiente do que um garoto promissor, pq acha que um ponto contra o Goiás é tãaao importante que vale mais a pena arriscar menos e por alguém com menos chance de fazer uma presepada do que testar e dar experiência para um garoto que dali a seis meses pode até virar titular do time, mas hoje pode errar um passe e dar um contrataque.

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    • Correa Leonardo permalink
      07/06/2015 11:11

      Nada mais a dizer na questão “Tite x base”: caso encerrado, falou tudo!

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  5. 07/06/2015 7:42

    1- Mou ; criou-se alguns mitos sobre ele muito por desinformação da prensa,outro dia Cereto do Sportv disse que 4-1-4-1 para ele é um busão na frente do gol. Nas temporadas em que dirigiu o Chelsea na premier league obteve a melhor defesa do campeonato em todas as ocasiões, entretanto foi segundo melhor ataque em três e o melhor ataque em outra.
    Comparar os times do Mou aos do Tite é comparar um Iphone à um Bipe,jamais deve ser feito haha

    2- Da hora que o jogo terminou até agora estou tentando decifrar a cabeça do Adenor,e entender melhor como funciona esse tal de “MERECIMENTO”. Matheus Pereira treina desde a pré temporada nos states não entrou um minuto sequer,porém Rodriguinho que foi reintegrado faz umas semanas já foi agraciado com uma chance.O momento dele chegou voando hein ?

    3- Marciel também não entrou ontem e nem no anterior,já foi escanteado.É desanimador o trato dele com a base,alias eu diria que é algo até inexplicável algum tipo de bloqueio.. Proponho uma mesa branca e conjurar o pai da psicanálise quem sabe ele possa curar a ojeriza do Adenor em relação a base.

    4- Grêmio (time em reconstrução cheio de moleques da base) e Atlético foram buscar a vitória fora de casa com coragem e audácia,e foram premiados com a liderança.Enquanto Adenor achou do caramba empatar com o Góias que estava no Z4.
    Pontos sofridos não se pode achar que ganhar em casa e empatar fora da para ser campeão.
    Cruzeiro ano passado teve um head-to-head negativo contra os principais concorrentes,mas fez a diferença batendo todas as babas do campeonato.

    5- Sobre o jogo : Ah deixa pra lá ………..

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    • 07/06/2015 10:02

      2,3- Então, eu gostaria de fazer uma pergunta, ao Tite, com relação a isso também… mas pediria para ele ser franco e não midiático… mas jornalista no Brasil combina de perguntar a mesma coisa e publicam a mesma notícia em todos os sites…

      4- O que o Corinthians precisa é mudar a política da base… mudar no livrinho de regras… para obrigar a escalarem os garotos… mas os dirigentes querem mesmo é negociar jogador… não é atoa que o Timão tem mais de 100 jogadores recebendo salário…

      Alguém do boteco é sócio do Corinthians (com direito a voto)??

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  6. 07/06/2015 2:37

    1- Esse medo de ganhar do Corinthians fora de casa não é de hoje… desde que caímos pra Série B é assim… foi colocado pelo Mano e continuou com o Tite…

    2- Aliás… Tite e Mano tem muita coisa em comum… além de serem defensivos e terem medo de ganhar… escalam jogador que a diretoria quer…

    3- O jogo foi horrível… e só assisti o primeiro tempo… depois me deu sono… sabia que não íamos ganhar… nem tentamos… e o treinador parece que viu outro jogo… ou é um mentiroso… sei lá…

    4- Em jogos como esse você tem que colocar os moleques pra jogar… pra ganharem confiança… não digo pra colocarem todos eles de uma vez… mas escala um de titular… e entra com outro no segundo tempo… eu me lembro de um jogador chamado Pedro do Barcelona, que não é de La Masía (chegou com 17 ou 18 anos)… começou a entrar nos jogos com 21 anos em 2008… e apenas em 2009/2010 é que virou peça importante na equipe… só que tem um porém… enquanto não jogava com o time principal ele jogava no time B que estava na Segunda divisão se não me engano… ou seja, experiência ele estava ganhando… não só treinava com os principais, mas jogava jogos menores do time principal e os jogos do time B…

    5- A sorte do Corinthians é que tem tanto time ruim nesse campeonato que ainda dá pra ganhar… basta querer…

    Curtido por 2 pessoas

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