Corinthians 1×1 SEP, é por isso que Mano é tão acima da média

Pelo menos para mim, o nosso Corinthians surpreendeu. Melhor, Mano surpreendeu. Eu esperava mais do mesmo e imaginava uns 50% de probabilidade de desgraça no derby, até porque eles estavam jogando realmente bem.

Pode-se dizer que Timão dominou 2/3 do derby e criou 5 chances reais de gol. Não fosse a Gaviões, fatalmente o índice de aproveitamento seria bem mais alto e sairíamos mais felizes do Pacaembu.

Se você me permite concluir já na abertura, não vencemos ao perder 4 gols relativamente fáceis. Afinal, tomar um era previsível.

Mano montou o time num 4-3-3, com um triângulo de base alta no meio. Guilherme jogava pela direita, Bruno na esquerda e Ralf fixo à frente da zaga. Jadson jogou como ponta-esquerda que se movimentava para o meio (no final do 1º tempo chegou a jogar centralizado e recuado, mas não funcionou). Na defesa, formávamos um 4-1-4-1, que virava 5-4-1, tal o recuo do Ralf. SEP tentou um 4-2-3-1, mas Valdívia não venceu o congestionamento criado por Mano e assim limitaram-se (com alguma competência) a atacar com jogadores habilidosos pelas laterais.

Apesar de bem disputado, tecnicamente foi um jogo fraco. Guerrero e Romarinho assustaram de tão ruins com a bola no pé. Felipe quase entrega um gol e Cássio foi muito bem, mas teve uma borboletada assustadora no 2º tempo.

Jadson jogou muita bola, assim com o Bruno. Mas o nome do jogo foi Guilherme: jogando bem ofensivo, com jogadas de infiltração (quase um golaço) e caindo pela direita articulando-se com Fagner ou Romarinho, fez sua melhor partida no Timão.

O jogo ia bem até que, aos 30, Timão cansou e recuou. Seguramos o resto do jogo até o intervalo e imaginei que Mano já trocaria Jadson.

Voltamos para o 2º tempo com a vontade redobrada e impusemos um domínio até mais consistente. Foi aos 15 que Romarinho fez seu 1×0 a partir de uma jogadaça entre Guilherme, o nome do jogo, e Fagner na sua especialidade.

Aos 30, cansaço: nem Jadson, nem Romarinho acompanhavam mais a marcação. Bruno sai com câimbras. Sem muitas opções, Mano optou por: Jocinei, Ramirez e Renato Augusto.

Guilherme, cansado, foi para a direita e travou o jogo por lá. Jocinei manteve a marcação consistente no meio e o problema foi o Renato. Sou fã do cara, mas depois de tanto tempo ele entrou muito mal. Uma barata tonta.

No finzinho, uma falha na marcação deixa Diogo com toda liberdade para meter um bola mortal, que pega o pai do espiritismo de frente para o gol: inapelável 1×1.

Ok, Felipe falhou. Mas AK foi muito bem no lance e Diogo não estava “encurtado” pelo marcador (acho que foi o RA) no momento do cruzamento.

Primeiro Gil e depois Mano bronquearam feio com a nossa esquerda, até o ponto em que RA retrucou e tomou mais bronca ainda! (Mas antes do gol, RA já estava tomando bronca em cima de bronca do Mano). Revendo o lance na TV, foi erro do Jocinei.

De fato, se pudesse voltar no tempo, Mano colocava Danilo e o gol não sairia. Só teria de aguentar a corneta do “por que não colocou o Renato?”

Mano aproveitou muito bem a semana de trabalho e mostrou uma equipe muito bem posicionada, apesar de ainda fraquíssima fisicamente. Para quem se acostumou àquelas semanas de trabalho em que o Tite entregava um time pior, já foi um alento.

O melhor mesmo é que Mano não caiu e com um pouco mais de inteligência nas contratações (ou menos burrices), Corinthians pode chegar forte no Brasileiro.

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Quem acompanha aqui lembra que eu coloco a contratação de zagueiros (e laterais) como prioridade desse time desde 2012. PA é um bom zagueiro reserva. Hoje, tirando o Gil, não temos nem um mísero zagueiro reserva.

Precisamos ver o que o Carlinhos Leite tem de zagueiro pronta entrega já para segunda-feira!

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