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O 2º jogo da Copinha reforça um pouco o 1º

01/08/2015

Quando acontecem coisas como aquela de ontem em Paris, a gente percebe como o Futebol é uma forma de alívio. O consenso é que aquilo foi um ataque terrível à Liberté — e a gente aqui no país não tem nem ideia do que seja essa tal de Liberté.

Enquanto por aqui revistas e livros são proibidos pela canetada de juízes, o presidente francês foi lá e lascou um “atacaram a Liberdade da República”, sem um mísero senão. Putz, um cara que ganhou esta capa, tem uma compreensão da liberdade de expressão que eu, confesso, só estou entendendo agora:

Ao jogo!

O 2º jogo foi bem mais movimentado e com o ataque funcionando melhor, inclusive com jogadas de penetração que resultaram em penais contra uma equipe ainda mais fraca que a do 1º jogo. Continua sendo uma equipe de muita consciência tática, coisa raríssima nesses times de base.

Pensando de modo positivo, isso mostra que talvez que o trabalho do Dr. Rodrigo Leitão, nosso treinador da categoria imediatamente anterior (sub-17), esteja dando frutos. Como discuti sozinho no 1º post do ano, isso forma um atleta por completo e deixa um garoto de 20 anos com muito mais ferramentas para se adaptar ao futebol profissional, onde a aplicação tática é muito mais relevante.

Esse estilo de jogo cauteloso do Omar Loss frusta um pouco quem vê o jogo mais pela diversão do que pela torcida, mas imagino que seja uma estratégia vitoriosa no longo prazo, principalmente quando pegar equipes com jogadores habilidosos e que resolvem jogos sozinhos — e isso é mais comum na base do que no profissional.

Mais para frente, quando a gente for para briga contra essas equipes de jogadores habilidosos, teremos uma noção melhor do que temos na zaga e nas laterais (o goleiro eu já vi que é bom de outros jogos).

11 Comentários leave one →
  1. Emboava permalink
    01/08/2015 23:29

    Concordo. Os dirigentes tem que parar de querer ganhar mixaría com essa comissões.

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  2. 01/08/2015 14:12

    Gostei dos dois Matheus, do Marciel Schweinsteiger e do Tocantins (trabalhando bem dá para torná-lo um matador).

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    • Nicolau permalink
      01/08/2015 17:40

      O Marciel parece muito bom, e um tipo de meio-campista que o futebol precisa. O Tocantins me decepcionou, não funcionou de centroavante. Achei melhor quando entrou no profissional menos preso na área.

      Curtido por 2 pessoas

  3. 01/08/2015 10:14

    Não posso comentar o jogo pois não o assisiti, mas fico feliz em ler que não estamos mais formando só jogadores fortes e altos, mas com alguma consciência tática. Só falta eles terem um pouco de habilidade e preparo psicológico para aguentão a pressão. Afinal, quantos não vingaram no Corinthians para depois de alguns anos vingarem em outras paragens. Everton Ribeiro é um por quem eu não dava quase nada na época de Corinthians e São Caetano. As vezes vingam mais tarde e um pouco mais maduros. Não sei qual a melhor fórmula mas tendo a preferir, formar, emprestar para alguma time onde possa jogar com frequência e depois avaliar. Malcom para mim é um exemplo. Vê-se que ele não treme ao não temer arriscar, da mesma forma que vê-se claramente quão inexperiente é (tenta ganhar no corpo mesmo sendo franzino, chuta quando deveria passar, passa quando deveria chutar..). E mais importante, toda vez que alguém precisasse de grana no Corinthians e considerem vender direitos econômicos de qualquer jogador, deveriam anunciar isso publicamente e fazer leilão para que qualquer investidor interessado possa participar. Caso contrário é mutreta.

    #JeSuisCharlie.

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    • bloguedotimao77 permalink*
      01/08/2015 13:53

      Exatamente, por que eles sempre vendem para o mesmo empresário?

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    • Correa Leonardo permalink
      01/08/2015 15:34

      Ótima idéia essa de leiloar frações. Renderia mais $$$ e evitaria muita picaretagem.

      Curtido por 1 pessoa

      • bloguedotimao77 permalink*
        01/08/2015 17:04

        Deve dar até para fazer via Bovespa ou mesmo, por que não, via FT

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    • Emboava permalink
      01/08/2015 23:33

      Não precisa passar por isso. O Corinthians não deveria nem sequer precisar fazer isso. Tem que se organizar e pagar o que deve antes de tudo. Se não tem dinheiro pra contratar, não contrate, use a base.

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  4. Cesar Augusto permalink
    01/08/2015 10:12

    Vi uma parte do jogo e confesso que gostei, mas não gostei. O time não tem nenhuma inventividade, que nós cobramos, incessantemente. Mas é extremamente competitivo.
    O time é todo moldado no 4231, com jogadores altos, fortes, num estilo tipicamente gaúcho.

    Loss foi da base do Inter. Rospide, o superintendente, veio da base do Grêmio. Ambos, inclusive, foram técnicos dos times profissionais da dupla gaúcha, interinamente. Rospide, em 2009, fazia campanha excepcional na Libertadores, mas foi substituído por Autuori, que estragou tudo com o seu cansativo e enfadonho 4222, sem pegada gaúcha.

    Li, também, que Loss e Rospide vieram por indicação de Mano Menezes, antes de Mano assumir o Corinthians, em 2014. Segundo li, Gobbi, confia em Mano, tocante à organização do futebol.

    Aparentemente, evoluímos, gostando ou não da concepção tática rígida em detrimento da magia do futebol. Mas cabe uma pergunta:

    Onde está a magia do futebol brasileiro?

    Acabou, convenhamos.

    Portanto, neste aspecto ao moldar as divisões inferiores no modelo do time principal, o Corinthians age com correção no primeiro passo. Se subir de categoria, em tese, o garoto não terá dificuldades em entender a dinâmica tática do time profissional.

    Porém, falta o segundo passo que é dar a oportunidade de jogadores da base, efetivamente, jogarem no profissional.

    Dois exemplos:

    1. Mateus Cassini – Ótimo jogador. Boa habilidade, técnica e joga pelo lado esquerdo. Não sei se ele tem capacidade orgânica de acompanhar o lateral adversário. Ontem não foi possível verificar tal questão em razão da fraqueza do adversário. Porém, se tiver a força defensiva que Tite tanto aprecia, não precisaríamos, por exemplo, do Steven Mendoza. Era mais simples e mais barato subir o garoto.
    2. Marciel – Não é possível que o Corinthians insista em gastar, no mínimo, 1,5 mi no tal Jonas, o Schweinsteiger do Nordeste, se tem esse Marciel que, bem trabalhado, pode participar, tranquilamente, do elenco.

    O Corinthians deve ano a ano, independentemente da situação, subir, no mínimo, 4 ou 5 garotos, para dar suporte ao profissional. A medida é inteligente, econômica e, tecnicamente, às vezes, mais útil ou alguém acha que Cassini e Marciel são inferiores a Mendoza e Jonas?

    O que falta, também, é paciência dos treinadores, de modo geral, a trabalhar com os jovens. Tite, notadamente, prefere os “prontos”, mesmo que ruins, aos jovens.

    Não foi assim que perdemos Marquinhos em detrimento de Wallace? (nunca esquecerei, desculpem)

    Para não acontecer mais situações desta natureza, o clube tem que impor condições aos treinadores e não aceitar a contratação de experientes ruins, mas para tal é preciso conhecimento futebolístico e menos ambição com os valores das comi$$õe$ proporcionadas por qualquer transferência.

    Curtido por 3 pessoas

    • bloguedotimao77 permalink*
      01/08/2015 13:58

      Eu acrescento que com a Base bem trabalhada no profissional dá para economizar milhões em jogadores do banco.

      Coloca para jogar no Paulistão, em jogos ganhos e você cria, ao menos, 1 zagueiro, 1 lateral e 1 volante.

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