Timão 3 x 0 Ago, não vejo ninguém na minha frente! (Conte comigo: faltam 7 vitórias).

Adversário entrou muito bem posicionado no seu 4-3-1-2 de marcação alta, com claro objetivo de controle do meio de campo e progressão ofensiva, o que deixou o jogo bastante combativo no meio.

Timão entrou praticamente como esperado. A surpresa, pelo menos para mim, foi Alex jogando como um falso 9. Não era lá tão falso, pois na maior parte do tempo ele estava mesmo como um centroavante (e fez um gol de camisa 9), mas armou 3 a 4 boas jogadas (de falso 9). Danilo, o melhor em campo, jogava centralizado, com muita movimentação, caindo ora para a diagonal ou ora fazendo a diagonal (geralmente vindo da esquerda) em direção ao gol. Foi num dos movimentos de falso 9 e penetração na área do Danilo, que Alex construiu a jogada em que Danilo cabeceou a trave. Na seqüência, Leandro 1×0, num escanteio finalmente cobrado com alguma malícia.

Timão, que já encontrava um adversário bem ofensivo, titeanamente prendeu os laterais/volantes, protegeu ferozmente suas laterais e seu titubeante miolo de zaga. Com a força vinda das arquibancadas, disputamos cada pedaço do Pacaembu contra uma equipe mais forte e bem posicionada. No momento mais crítico do jogo, Willian sente confiança para chutar com a esquerda e, por São Jorge, acerta um golaço: 2×0, se fosse com a direita a gente sabe onde essa bola iria parar!

Na minha exclusiva opinião, esse gol foi decisivo. Naquele momento, a pressão era mais forte do Ago e o gol abriu uma rachadura visível na confiança do time. Dessa rachadura também se aproveitou Danilo para dar a Alex um golaço: 3×0, de perna direita.

Adversário desceu para o vestiário reconhecendo que é difícil jogar contra a Fiel.

Voltamos para o 2º tempo completamente recuados. JH era um lateral. Ago voltou com duas substituições para dar mais qualidade na criação, mas Timão congestionou o setor, com Paulinho e Moradei comprometidos com a segurança do miolo de zaga. Nossa marcação nas laterais era muito forte (mas impedia o apoio).

A única alternativa de saída de bola era ensaiada: chutão na direção do Danilo que cabeceava (muito bem) para trás, já armando alguma jogada para Alex ou William. Alex ainda construiu uma bela jogada de falso 9 para Alessandro perder um golaço.

Tite ainda colocou em campo Edenílson bem aberto na direita no lugar do Willian e Ramirez no lugar de JH, pela esquerda. Adriano entrou, mas não deveria. O seu peso é muito maior que o do R9. Deram a ele uma camisa e uma bermuda bem folgadas, mas a dificuldade de movimentação entregava o novo gordo do bando de gordos. A volta do Ramirez é realmente importante.

O sistema atual é muito bom e deve ser mantido contra o Botafogo, a menos da entrada do Émerson no lugar do Willian. Só desconfio que ele funcionou contra times que ousaram atacar o Timão, pois é difícil vencer com volantes e laterais tão presos à marcação.

Hélio dos Anjos não podia mais do que fez. O time veio muito bem montado, não se perdeu dentro da postura tática proposta, mas falhou nos 3 gols e não apresentou talento suficiente para romper o recuo corinthiano. Acho que HdA deve ser o melhor treinador do bra-11 e gostei dele criticar os erros técnicos dos jogadores na coletiva.

Em tempo:

Copo meio cheio: para quem não sabe, campeão brasileiro (tirando 2009) precisa de 73 pts ou 64% de aproveitamento (em 2010 foram 71 pts). Faltam só 22 pts (2,2 pts/jogo – se vencer 7 partidas,  perder 2 e empatar 1, leva).